domingo, 28 de outubro de 2012

Nossos sonhos não cabem nas urnas.

  Mais um ano de eleição, vejo pessoas cheias de esperança, principalmente os oposicionistas que esperam virar a mesa e conseguir seu lugar na estrutura burocrática do Estado para fazerem A MUDANÇA, de forma engraçada dizem tentar a alteração SEGURA, ou seja, não há proposta diferente. Evidentemente, vejo os desesperançosos com a política feita hoje e se resumem a dizer que é tudo a mesma coisa, enfim, dizem que tanto faz votar no 13 ou no 45, o que de fato, não está errado, pois os projetos não são qualitativamente diferentes e não trazem rupturas com os grandes problemas sociais (fome, saúde, transporte, segurança, educação e o capitalismo para resumir).
  É claro que não podemos esperar as condições para mudar radicalmente a sociedade, pois elas podem demorar e não estão no horizonte a curto prazo, por isso, não adianta se "entregar" e deixar a política de lado, até porque não há como fazer isso, nossa vida é política todos os dias, mesmo você não querendo. Se ausentar do espaço político é deixar que decidam sua vida sem você, então, não basta comparecer nas urnas e pensar que tudo está feito, precisamos cobrar todos os dias, agir quando insatisfeitos com o que é realizado, sei que não é fácil, trabalhamos, estudamos, etc, e não nos resta tempo, mas precisamos encontrá-lo, faz parte do desafio.
  Enfim, confesso que não estou motivado a escrever nos últimos tempos, por isso terminarei com o que escrevi impulsivamente, logo após ter descoberto o resultado das eleições onde moro e ver alguns comentários de petistas insatisfeitos com sua derrota:
 "O Feudo Barros continua sob controle e suas ovelhas obedientes, conservadoras como o seu pastor gosta. Viva Maringá!
Mas eleger o PT não significaria nenhuma mudança considerável, só mudaríamos o patrão que distribui dinheiro para suas empresas favoritas. É engraçado ver as declarações dos petistas inconformados, como se seu projeto fosse radicalmente contrário ao que está posto e vai continuar po
r pelo menos quatro anos. As filas nos postos de saúde continuariam, a passagem do transporte continuaria um absurdo, as ruas da classe média continuariam asfaltadas e os bairros largados, não se iludam com a 'mudança segura', não se trata de eleger o menos ruim.
Nunca é exagero lembrar que nossos sonhos não cabem nas suas urnas, enquanto a população esperar dois anos para achar que vai mudar tudo nas eleições, nada mudará".